(Trabalhadores da Câmara Municipal de Água-Grande, em Serviço de recolha do lixo)
Estas imagens justificam implicitamente o comportamento da classe política. O lixo, em 2003, ainda era transportado em veículos de caixa aberta, sem que se tivessem em conta sérios riscos para a população e para a vida dos trabalhadores.
· Se, porventura, no mínimo das hipóteses, alguém for acusado e, em consequência disso, parar à prisão, este não indemniza o Estado. É o Estado, paradoxalmente quem ainda o indemniza!
· E, se for libertado, hipótese mais que provável, até deixa transparecer que veio de umas longas e afortunadas férias, dum país europeu qualquer.
A resposta, para todas estas preocupações, já foi avançada em vários estudos académicos sobre S. Tomé e Príncipe. Mas quando saímos da Europa, de férias, para a África, deparamo-nos com juízes, com salário de uma mulher-a-dias. Os professores são forçados a trabalhar de manhã à noite, para verem minimamente satisfeitas as suas necessidades básicas. Os antigos directores e outros quadros, na reforma, auferem um salário inferior a 20 euros.
Então, ao mesmo tempo, vemos navios com a matrícula são-tomense a vaguear e serem apreendidos no estrangeiro. Vemos políticos com mansões, com piscinas, com relvados no quintal, sem qualquer justificação da proveniência desses financiamentos junto à justiça e às finanças públicas. E para camuflarem a sua desonestidade junto à população, nada melhor que eleger o nome do Pinto da Costa em todos os cenários. Os que vieram depois do Pinto podem justificar onde arranjaram tanta riqueza em tão curto lapso de tempo? Os que denunciam esses abusos, são pura e simplesmente silenciados. Os que não são silenciados, são estigmatizados de "doidos", "manda-bocas", "boateiros" e outros mimos mais...
(Uma instância turística são-tomense)Estamos fartos de estar sistematicamente a criticar o que está mal. Agora vamos exaltar somente o bem!...
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