Por Jerónimo Xavier de Sousa Pontes
In manibus est victoria
segundo Cíc, a vitória depende de vós!
Todas as teorias económicas falharam. Todos os programas, dos mais ambiciosos até os agora concebidos, falharam. Todos os eminentes cientistas de contas e previsões estatísticas falharam. As mais credíveis universidades do mundo também falharam.
Na guerra, os meios tecnológicos, dos mais arrebatados, nas mãos dos cientistas militares, não lhes estão a servir de nada. Os soldados da NATO caem, condoidamente, diante duns esfarrapados mas determinados talibãs. As melhores e maiores economias do mundo estão impotentes perante as mãos pesadas da natureza que arrombam os diques e devastam tudo quanto encontram pela frente: casas, carros, campos de cultivo, animais…!
Perante o tempo das vacas magras, um Estado rico nega protecção social ao seu cidadão, em nome de negócios. Num só dia, ironicamente, esse mesmo Estado perde milhões de euros no negócio dos petróleos. As economias europeias e americanas estão de rasto. O petróleo não pára de aumentar. Até se pode concluir que o fim está próximo. Mas não está! Os miúdos enfrentam os graúdos porque acham que a moral e a religião já não pertencem a este tempo. Os resultados estão à vista! Os filhos batem nos pais e depositam-nos em lares, quando velhos!
Creio, entretanto, que todos esses problemas da actualidade podem ser evitados em São Tomé e Príncipe. Isto porque temos abundância em luz solar durante todo o dia. Em vez de congelados, passemos a comer mais salgados e fumados. Cozinhar somente o suficiente para cada refeição diária e nada de guardar os restos. Os restos atraem ratos, muitos, muitos, às centenas, aos milhares. À noite, sentemo-nos, e porque não, no quintal à luz de uma tocha e contemos estórias, como no antigamente. Também, na ausência de luz eléctrica, à noite, podemos fazer mais filhos e, durante o dia, ler muito mais: o Bragança, o Jerónimo Salvaterra, o Teles Neto, o Francisco Costa Alegre, o Fred, a São Lima, a Olinda Beja, a D. Alda, o Sum Marky, o Branco, o Sacramento Neto, o Manu Barreto. Ainda podemos ler o Sousa Tavares, o Seibert, o Augusto Nascimento, a Inocência Mata, o Carlos Neves, o Armindo Aguiar e outros tantos e tantos… depois retornemos aos clássicos: ao Caetano da Costa Alegre, Francisco Stockler; Almada Negreiros; Marcelo da Veiga, Herculano Levy; Pinheiro Torres!...
Um país pobre tem que se adaptar às leis da natureza. Os carros de luxo, sem combustível – vai ser um outro problema para a sucata nacional resolver. Vai havê-los aos montes, à venda – quem os quererá comprar, ao fim de uns tantos anos? Vamos, no fim de algum tempo, utilizar mais os pés e a bicicleta durante longas caminhadas. Que fixe!
Na Europa, os europeus que não são nada parvos, já estão a deixar o hábito de andar de carro próprio. A miséria já atinge as classes mais altas e isto também se sente nos pés e nos bolsos. E no estômago? …
As mãos de Deus, no combate à má fé dos homens, estão a galgar terreno. A tragédia vai atingir a todos, os bons e os malfeitores. Mas se quisermos, ainda estamos a tempo de corrigir os males que andamos a praticar! Mais social, mais agricultura e muita literatura e menos egoísmo seria, talvez, a nossa derradeira salvação. Mas não, preferimos ter máquinas de lavar em casa para mostrar os visitantes, do que almejar tê-las ao serviço da lavandaria dos hospitais onde as roupas são ainda lavadas à mão!
Dr. Pontes,
ResponderExcluirLi o seu perfil e, embora não seja o local indicado para colocar a minha questão,faço-o à mesma.
Tenho um amigo que nasceu em S.Tomé e Principe. Mostrou interesse em possuir a tradução da oração "Pai Nosso" na sua lingua natal. Sabe informar-me a quem me devo dirigir a fim de obter a mesma?
Fico muito grata pela atenção.
O meu email é : rosariosimiao@gmail.com
Melhores cumprimentos.
MªRosário Simião
Pade Nosu ku sa n' ócé
ResponderExcluirSantifikadu seja nomi Sum
lega bi antê non Lenu Sum
seja feta vonté Sum
axi ni tela kuma ' ócé
pon non di kada dja
a da non ele
poda non tudu mali ku non fe
di modu se me ku non ka podá
tudu mali ku a ka fe non
na lega non kyê ntentason fa
livla non di tudu mali
Amém